Precisamos encontrar uma forma de ajudar os venezuelanos antes que a desgraça aumente. É muito triste ver crianças, e também adultos, passando fome, sendo perseguidos e tendo que fugir para países vizinhos, sem condições de ajudar, apesar de ter vontade. Como o próprio Brasil, pobre e sem condições de ajudar. Onde está a Comissão de Direitos Humanos da ONU que não faz nada desde que o problema começou? Venezuela vive uma ditadura sanguinária com assassinatos políticos e total cerceamento das liberdades individuais. Até 1990, a Venezuela era o país mais rico da América Latina, com o 4º maior PIB per capta do mundo, e com as maiores reservas de petróleo da América.
Ajudou a fundar a OPEP, e com o aumento do preço do petróleo, tornou-se poderoso. Em 1998, surge Hugo Chávez, prometendo acabar com a pobreza no país. Mas não cumpriu, empobreceu a população e enriqueceu rapidamente junto com o núcleo duro do chavismo. Adotou a política de doar petróleo em troca de "serviços", comprando aceitação mundial. Chegou a doar 53 mil barris de petróleo diários para Cuba em troca de 12 mil médicos. No seu sonho socialista, estatizou todos os setores da agricultura, que foram abandonados, fazendo com que a produção de alimentos caísse em 10 anos mais de 60%. Com a morte de Chávez, Maduro assumiu e continuou com a mesma política de sucateamento da infraestrutura e produção. No final de 2016, 93% da população não conseguia manter as despesas com alimentação. Estes dados estão no livro do jornalista Leonardo Coutinho Hugo Chávez, o Espectro. E a ONU não fez nada para intervir. Somente uma inciativa mundial pode resolver o problema.
No Brasil, temos 13 milhões de desempregados e cerca de 15 milhões subempregados, e estamos oferecendo apoio para cerca de 300 mil venezuelanos. Somos um país pobre que precisa primeiro resolver os problemas internos para, depois, ajudar os outros. Nós estamos precisando de ajuda para não virarmos uma Venezuela. Vivemos uma imensa recessão, devido à má utilização dos recursos públicos (que não são públicos mas, sim, dos contribuintes trabalhadores), falta de estabilidade política e corrupção, que vai ter que se evadir, ou os países unidos terão que acabar com aquele regime que destruiu o país e ajudá-los a se reerguer. A Venezuela tem uma população de 31 milhões de pessoas, que os países pobres da América Latina não têm como absorver.
Por humanidade, precisamos encontrar maneiras de salvá-los. Acreditava que com a queda do Muro de Berlim, em 1989, o ser humano com capacidade de pensar iria se dar conta que o socialismo não serve para a humanidade. Que o tão almejado socialismo utópico não existe, pois contraria a índole humana. O que existe é o socialismo real, que precisa impor uma ditadura onde a população empobrece e os lideres enriquecem. No socialismo tudo pertence ao Estado e é para o Estado. Não existem liberdades individuais nem direitos, apenas deveres. Não existe democracia. Somente ditadura do Estado com total controle dos meios de produção. Livre iniciativa e crescimento social não existem. O ser humano quer trabalhar, quer produzir, quer crescer, quer ter oportunidades, quer ter reconhecimento.
Quando Marx criou o socialismo, vivíamos a primeira fase do capitalismo, chamava-se capitalismo selvagem ou primitivo, que vem evoluindo há três séculos, enquanto o socialismo continua o mesmo. Pregando luta de classes e não parceria entre as partes. O mundo mudou. O cooperativismo é uma espécie de evolução do capitalismo, ninguém é obrigado a aderir ao cooperativismo, mas trabalhando em conjunto, os resultados sempre serão maiores. E os meios de produção continuam sendo do cooperado. A última evolução seria o capitalismo colaborativo, que já é uma nova evolução do cooperativismo, mas que pode continuar existindo pacificamente. Para resolvermos o problema da Venezuela, precisamos acordar e adotar atitudes mais positivas e resolutivas, que adotar posturas paliativas, demagógicas e populistas como os governos têm feito.